quarta-feira, 22 de abril de 2009

Bilhete em papel rosa - Adélia Prado

Um poema de Adélia Prado



ORFANDADE


"Meu Deus,
me dê cinco anos.
Me dê um pé de fedegoso com formiga preta,
me dê um Natal e sua véspera,
o ressonar das pessoas no quartinho.
Me dê a negrinha Fia pra eu brincar,
me dê uma noite pra eu dormir com minha mãe.
Me dê minha mãe, alegria sã e medo remediável,
me dê a mão, me cura de ser grande.
Ó meu Deus, meu pai,
meu pai."

Lançamento do DVD "Eu e o Tempo no Canecão


Um dos principais ícones da música católica no momento o Padre Fábio de Melo volta ao Palco do Canecão para o Lançamento do CD e DVD " Eu e o Tempo" .

Um fenômeno em todo o Brasil seja como compositor escritor ou cantor. Em seus shows, tem garantido recorde de público. Os ingressos se esgotam de forma impressionante. Na platéia, unem-se fãs religiosos de todas as idades, encantados pelas suas músicas que trazem as mensagens divinas em linguagem mais próxima do povo, chegando aos corações. Esta é a fórmula sem mistério que atrai tanta atenção.

O carisma e a dedicação extrema para a vida religiosa compuseram a trajetória bem-sucedida do padre-cantor de Minas Gerais, que atrai centenas de seguidores por onde passa – foram 120 shows em 2008. Com onze CDs gravados e repertório que valoriza a religiosidade, o sacerdote possui composições poéticas, cativantes, com uma linguagem atual, que agrada fieis de todas as idades.



No Canecão - Dias 21,22,23 e 24 de Maio.

Preços:

Setor Vip 140,00

Setor A 120,00

Setor B 100,00

Setor C 90,00

Frisa Lateral 80,00

Poltrona Numerada 60,00

Frisa Central 120,00

Camarotes 280,00

Balcão Nobre 100,00

Mezzanino 90,00

Meia entrada só na bilheteria.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

PADRE FÁBIO DE MELO COM O SHOW " EU E O TEMPO"


PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS DE CELINA BORGES E ANDRÉ LEONNO

LOCAL: CAMPO GRANDE/RJ

O Guardador de almas




O Guardador de almas



Por Ana Flavia Barreto



Padre Fabio chega ao palco em passos leves e a platéia lhe sorri emoções. Os primeiros acordes soam “Tudo é do Pai”, com muita graça e um brilho insistente dos músicos.

As músicas, que são em maioria composições do Padre, mexem com o interior das pessoas e as faz sentir-se abraçadas. Ele traduz sentimentos e o público, em resposta, chove alegrias. Então, o próximo passo é aquietar o coração para ouvi-lo dividir saudades, compartilhar histórias sobre a sua família e amigos.

São cerca de três mil pessoas ocupando o Empório Brasil, em Cianorte (PR), que deslizam em uníssono nas melodias entoadas pela voz aveludada de um trovador moderno, arquiteto da alma, um artista que põe doçura em cada coisa que faz.

Em meio a tanta gente, consegue capturar os olhares que estão em busca de algo que os toque. Considera que seu público é de uma grande riqueza: “Nós temos hoje aqui dentro evangélicos, céticos, católicos, todos em torno da bondade dos que querem fazer uma experiência positiva de Deus”. Cada um ali presente tem sua razão, mas é o encontro com Deus que está estabelecido. “Já que você me reconheceu então conheça meu Deus, é o que venho apresentar”, ele afirma.

Uma curiosidade: nesse show compareceram pessoas até do Paraguai, com direito a entregar uma bandeira do país a ele no palco, que ele exibiu durante uma música. Todos aplaudiram e ele “gastou” seu espanhol em um sorridente “muchas gracias”.

O Padre é enfático e se chateia com publicações que têm ofendido sua platéia: “Eu fico muito triste, sobretudo quando desrespeita o público, quando uma reportagem afirma que as mulheres que vão aos meus shows são um bando de histéricas, isso não é verdade. É gente honesta, com fé, em processo de crescimento. Gente que realmente faz uma experiência de Deus, no qual fazemos parte. Falar mal de mim é até natural, mas falar do público tem me deixado aborrecido”.

Natural de Formiga, MG, Fabio de Melo entrou no seminário aos 16 anos, é graduado em Teologia na PUC-Rio, em Filosofia pela Fundação Educacional de Brusque, SC, pós-graduado em Educação na Universidade Salgado de Oliveira, Rio de Janeiro e mestre em Teologia sistemática pelo Instituto Santo Inácio de Loyola, Belo Horizonte, MG.

Escreveu cinco livros - prosa poética a escapar de seus dedos. Tem 11 CDs com canções religiosas e não religiosas, e o DVD Eu e o Tempo, gravado em janeiro deste ano no Canecão, no Rio de Janeiro.

Seu mais recente CD - VIDA - (disco de platina triplo, cerca de 600 mil cópias vendidas), se deu pela parceria LGK/ Sony Music, que contribuiu para novas possibilidades em seu trabalho evangelístico. “Primeiro detalhe que modificou foi a forma de divulgar. Até então eu estava em uma mídia católica que não ousava muito na divulgação como esta. E depois a qualificação mesmo, o profissionalismo que a gente pode assumir por causa da infra-estrutura que o próprio evento foi tendo. A partir desse momento, tivemos oportunidades de fazer essa evangelização acontecer com um pouco mais de estrutura. No mais, continuo do mesmo jeito, vivendo da mesma forma, com uma responsabilidade a mais: quanto mais a gente fica público maior é a necessidade de reconhecer o que torna público. Fiquei conhecido porque sou padre e faço um trabalho de evangelização que hoje é diferente”, observa.

Já recebeu críticas positivas e respeitosas, mas ainda é vítima de polêmicas de uma mídia que não deixa de inventar opinião e ainda tanto questiona o fato de ele se apresentar sem batina em seus shows. “Não sou um aventureiro. Não comecei esse trabalho com a música ano passado”, adverte.

Ele tem alma leve e olhos de menino, que aprendeu a encontrar graça no simples ato de ir comprar pão, ver poesia onde ninguém imaginaria poder existir e transformar lugares: novos olhos para a mesma paisagem. “Tudo depende da conversão do olhar. Eu enxergo o mesmo muro todos os dias, mas há momentos em que eu vejo a poesia que há nele. Eu acho que essa conversão é importante. É trabalhar a sensibilidade”, conta.

Ele alerta para novas percepções, nos deixa “significando”, e é bonito aprender os novos sabores da vida, as novas maneiras de sorrir e abraçar, a melodia quando o beija-flor beija e uma abelha que pousa na flor. Uma nova religião, que a todo tempo floresce e renova-se em nós. “O que é o processo religioso? É o despertar da sensibilidade para olhar a vida de todo dia. Não tem nada de extraordinário acontecendo em nossa vida, mas tudo isso é sinal de Deus. E é bonito demais você perceber que, na descoberta da humanidade descobre-se também o que é divino e que não existe uma separação para isso”, revela.

Padre Fabio tem “estrela na testa” e soube fazer dela um Sol: iluminado por Deus, contribui para aquecer e confortar com sabedoria na hora da dor; e fazer raiar aquele coração que carregava vazio, silêncio e sombra. Lindo é ele falar de amor! Da maior lição que Jesus deixou e que devemos praticá-la em todos os momentos de nossas vidas. E quando fica difícil amar, o Padre Fabio carrega assim consigo sutileza, carisma e paciência pra explicar, e partilha um pouco de suas reflexões também em seu site (www.fabiodemelo.com.br). Lá ele escreve bonito dentro da gente. Uma obra não para lhe dizer parabéns, mas sim: muito obrigada!

Tem seus livros na lista dos mais vendidos do país. Letras que alcançam as estrelas e por fim nos ilumina - no sentido mais luz da palavra. E para completar, vem com sua sábia Direção Espiritual, o programa semanal ao vivo que vai ao ar pela Canção Nova, em que cada vez mais a Palavra de Deus nos edifica, e seus conselhos vêm acrescentados de doses terapêuticas de virtude, beleza, poesia, com palavra bonita e pronúncia bem feita. Graças a Deus.



Ana Flavia Barreto é estudante de arquitetura e urbanismo da Universidade Estadual de Londrina e colaborou com o artigo para a Revista Século XXX

domingo, 15 de março de 2009

Pe. Fábio de Melo recebe título cidadão petropolitano

FESTA DA CÂMARA MUNICIPAL LOTA PALÁCIO QUITANDINHA

Vinicius Henter


A Câmara Municipal, em parceria com o Instituto Histórico de Petrópolis, na solenidade em comemoração dos 166 anos de Petrópolis, realizada no Teatro SESC Quitandinha, entregou 37 títulos de Cidadão Petropolitano a personalidades que marcaram a cidade no último ano, entre elas o apresentador de TV Luciano Huck e o Padre Fábio de Melo

(Jornal Diário de Petrópolis)

Pe. Fábio de Melo quer educação dentro de casa


Educação foi tema da palestra do Padre Fábio de Melo



Segurança e Paz, foi o tema da palestra proferida pelo Padre Fábio de Mello, na manhã de ontem no ginásio do Colégio Santa Isabel, para um público superior a 1,2 mil pessoas, que por mais de uma hora ouviram suas posições, tendo como referência a educação.



A palestra, apesar de aberta ao público em geral, foi direcionada aos educadores, que representaram mais de 60% dos presentes. "A educação é base de tudo e temos nos professores a referência para a formação do individuo em diferentes aspectos", afirmou Fábio de Mello.



No evento promovido pela Diocese de Petrópolis e a Pastoral da Educação, também estiveram presentes, o Prefeito Paulo Mustrangi, o vereador Márcio Muniz e as secretarias de Governo Sandra La Cava (Educação) e Aparecida Barbosa (Secretaria de Trabalho Assistência Social e Cidadania). O Bispo D. Filippo Santoro também se fez presente e ao final da palestra, respondeu juntamente com Fábio de Melo as perguntas da platéia.



Fábio de Melo, por mais de uma vez foi aplaudido pela platéia, que ficou envolvida por suas ponderações e a forma como abordou o tema."Temos conciliar os anseios da sociedade com o modo de educar para obtenção da harmonia", afirmou.



No momento em que Fábio de Melo e D. Filippo respondiam os questionamentos dos presentes, entre várias perguntas, veio a baila a questão da excomunhão dos envolvidos no aborto dos filhos de uma menina de 9 anos, vitima de violência sexual por parte do padrasto, na cidade de Olinda, no Estado de Pernambuco.

– Não se viu nos veículos de comunicação o fato da Igreja Católica se mostrar preocupada com a vida, não apenas da menina, mas também dos bebês e a excomunhão não é o foco da questão e sim as vidas que se perderam, argumentou D. Filippo.



Ao final do evento Fábio de Melo concedeu uma entrevista coletiva e quando foi indagado sobre o papel dos educadores no dia a dia dos alunos. "É preciso que a educação aconteça, na sala aula, mas também na sala de casa, onde os pais estejam envolvidos na formação do caráter do individuo, sendo essa a grande transformação que precisa acontecer", afirmou.



No mesmo contexto o padre ressaltou que não basta educar, dando o ensinamento é preciso que os alunos aprendam a pensar dentro que proposto nas salas de aula, dessa maneira uma sociedade sem desigualdade e mais harmônica poderá se formar, tanto na rede público, como na privada.



E foi mais longe quando ressaltou que a educação é princípio de tudo e combater as ações negativas por meio dos educadores é o caminho a ser seguido, mas ressaltou que é preciso que se dêem condições para que isso aconteça.

– Bons Salários estrutura de trabalho são fundamentais para que se obtenha os resultados esperados dentro do contexto abordado, finalizou Fábio de Melo.



Mesa redonda pela Campanha da Fraternidade



Também dentro da Campanha da Fraternidade aconteceu na tarde de ontem, uma mesa redonda sobre o tema Fraternidade, Segurança e Paz, com a participação do Bispo de Petrópolis, Dom Filippo Santoro, do prefeito Paulo Mustrangi e representantes dos governos estadual e municipal, também no Ginásio do Colégio Santa Isabel.

O evento teve início às 14h, tendo sido aberto ao público e com a presença de lideranças comunitárias, políticas. Ao comentar o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, Dom Filippo Santoro disse: "Pode parecer que o tema da segurança pública seja apenas dever do Estado e que a Igreja ao tratar deste assunto estaria se metendo num campo que não é de sua competência. Não é bem assim porque o tema da segurança está ligado ao tema da dignidade da pessoa humana e a Igreja não é indiferente ao bem das pessoas e da sociedade em geral. Ela promove junto com todas as forças sociais e instituições públicas o bem comum", definiu.

(Jornal Diário de Petrópolis)

sábado, 7 de março de 2009

Uma pipa no céu...

A vida exige leveza, assim como a viagem. A estrada fica mais bonita quando podemos olhá-la sem o peso de malas nas mãos.

Seguir leve é desafio. Há paradas que nos motivam compras, suplementos que julgamos precisar num tempo que ainda não nos pertence, e que nem sabemos se o teremos.

Temos a pretensão de preparar o futuro. Eu tenho. Talvez você tenha também. É bom que a gente se ocupe de coisas futuras, mas tenho receio que a ocupação seja demasiada. Temo que na honesta tentativa de me projetar, eu me esqueça de ficar no hoje da vida.

Os pesos nascem desta articulação. Coisas do passado, do presente e do futuro. Tudo num tempo só.

Há uma cena que me ensina sobre tudo isso. Vejo o menino e sua pipa que não sobe ao céu. Eu o observo de longe. Ele faz de tudo. Mexe na estrutura, diminui o tamanho da rabiola, e nada. O pequeno recorte de papel colorido, preso na estrutura de alguns feixes de bambú retorcidos se recusa a conhecer as alturas.

O menino se empenha. Sabe muito bem que uma pipa só tem sentido se for feita para voar. Ele acredita no que ouviu. Alguém o ensinou o que é uma pipa, e para que serve. Ele acredita no que viu. Alguém já empinou uma pipa ao seu lado. O que ele agora precisa é repetir o gesto. Ele tenta, mas a pipa está momentaneamente impossibilitada de cumprir a função que possui.

Sem desistir do projeto, o menino continua o seu empenho. Busca soluções. Olha para os amigos que estão ao lado e pede ajuda. Aos poucos eles se juntam e realizam gestos de intervenção...

Por fim, ele tenta mais uma vez. O milagre acontece. Obedecendo ao destino dos ventos, a pipa vai se desprendendo das mãos do menino. A linha que até então estava solta vai se esticando. O que antes estava preso ao chão, aos poucos, bem aos poucos, vai ganhando a imensidão do céu.

O rosto do menino se desprende no mesmo momento em que a pipa inicia a sua subida. O sorriso nasceu, floresceu leve, sem querer futuro, sem querer passado. Sorriso de querer só o presente. As linhas nas mãos. A pipa no céu...
(www.fabiodemelo.com.br)