domingo, 15 de março de 2009

Pe. Fábio de Melo recebe título cidadão petropolitano

FESTA DA CÂMARA MUNICIPAL LOTA PALÁCIO QUITANDINHA

Vinicius Henter


A Câmara Municipal, em parceria com o Instituto Histórico de Petrópolis, na solenidade em comemoração dos 166 anos de Petrópolis, realizada no Teatro SESC Quitandinha, entregou 37 títulos de Cidadão Petropolitano a personalidades que marcaram a cidade no último ano, entre elas o apresentador de TV Luciano Huck e o Padre Fábio de Melo

(Jornal Diário de Petrópolis)

Pe. Fábio de Melo quer educação dentro de casa


Educação foi tema da palestra do Padre Fábio de Melo



Segurança e Paz, foi o tema da palestra proferida pelo Padre Fábio de Mello, na manhã de ontem no ginásio do Colégio Santa Isabel, para um público superior a 1,2 mil pessoas, que por mais de uma hora ouviram suas posições, tendo como referência a educação.



A palestra, apesar de aberta ao público em geral, foi direcionada aos educadores, que representaram mais de 60% dos presentes. "A educação é base de tudo e temos nos professores a referência para a formação do individuo em diferentes aspectos", afirmou Fábio de Mello.



No evento promovido pela Diocese de Petrópolis e a Pastoral da Educação, também estiveram presentes, o Prefeito Paulo Mustrangi, o vereador Márcio Muniz e as secretarias de Governo Sandra La Cava (Educação) e Aparecida Barbosa (Secretaria de Trabalho Assistência Social e Cidadania). O Bispo D. Filippo Santoro também se fez presente e ao final da palestra, respondeu juntamente com Fábio de Melo as perguntas da platéia.



Fábio de Melo, por mais de uma vez foi aplaudido pela platéia, que ficou envolvida por suas ponderações e a forma como abordou o tema."Temos conciliar os anseios da sociedade com o modo de educar para obtenção da harmonia", afirmou.



No momento em que Fábio de Melo e D. Filippo respondiam os questionamentos dos presentes, entre várias perguntas, veio a baila a questão da excomunhão dos envolvidos no aborto dos filhos de uma menina de 9 anos, vitima de violência sexual por parte do padrasto, na cidade de Olinda, no Estado de Pernambuco.

– Não se viu nos veículos de comunicação o fato da Igreja Católica se mostrar preocupada com a vida, não apenas da menina, mas também dos bebês e a excomunhão não é o foco da questão e sim as vidas que se perderam, argumentou D. Filippo.



Ao final do evento Fábio de Melo concedeu uma entrevista coletiva e quando foi indagado sobre o papel dos educadores no dia a dia dos alunos. "É preciso que a educação aconteça, na sala aula, mas também na sala de casa, onde os pais estejam envolvidos na formação do caráter do individuo, sendo essa a grande transformação que precisa acontecer", afirmou.



No mesmo contexto o padre ressaltou que não basta educar, dando o ensinamento é preciso que os alunos aprendam a pensar dentro que proposto nas salas de aula, dessa maneira uma sociedade sem desigualdade e mais harmônica poderá se formar, tanto na rede público, como na privada.



E foi mais longe quando ressaltou que a educação é princípio de tudo e combater as ações negativas por meio dos educadores é o caminho a ser seguido, mas ressaltou que é preciso que se dêem condições para que isso aconteça.

– Bons Salários estrutura de trabalho são fundamentais para que se obtenha os resultados esperados dentro do contexto abordado, finalizou Fábio de Melo.



Mesa redonda pela Campanha da Fraternidade



Também dentro da Campanha da Fraternidade aconteceu na tarde de ontem, uma mesa redonda sobre o tema Fraternidade, Segurança e Paz, com a participação do Bispo de Petrópolis, Dom Filippo Santoro, do prefeito Paulo Mustrangi e representantes dos governos estadual e municipal, também no Ginásio do Colégio Santa Isabel.

O evento teve início às 14h, tendo sido aberto ao público e com a presença de lideranças comunitárias, políticas. Ao comentar o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, Dom Filippo Santoro disse: "Pode parecer que o tema da segurança pública seja apenas dever do Estado e que a Igreja ao tratar deste assunto estaria se metendo num campo que não é de sua competência. Não é bem assim porque o tema da segurança está ligado ao tema da dignidade da pessoa humana e a Igreja não é indiferente ao bem das pessoas e da sociedade em geral. Ela promove junto com todas as forças sociais e instituições públicas o bem comum", definiu.

(Jornal Diário de Petrópolis)

sábado, 7 de março de 2009

Uma pipa no céu...

A vida exige leveza, assim como a viagem. A estrada fica mais bonita quando podemos olhá-la sem o peso de malas nas mãos.

Seguir leve é desafio. Há paradas que nos motivam compras, suplementos que julgamos precisar num tempo que ainda não nos pertence, e que nem sabemos se o teremos.

Temos a pretensão de preparar o futuro. Eu tenho. Talvez você tenha também. É bom que a gente se ocupe de coisas futuras, mas tenho receio que a ocupação seja demasiada. Temo que na honesta tentativa de me projetar, eu me esqueça de ficar no hoje da vida.

Os pesos nascem desta articulação. Coisas do passado, do presente e do futuro. Tudo num tempo só.

Há uma cena que me ensina sobre tudo isso. Vejo o menino e sua pipa que não sobe ao céu. Eu o observo de longe. Ele faz de tudo. Mexe na estrutura, diminui o tamanho da rabiola, e nada. O pequeno recorte de papel colorido, preso na estrutura de alguns feixes de bambú retorcidos se recusa a conhecer as alturas.

O menino se empenha. Sabe muito bem que uma pipa só tem sentido se for feita para voar. Ele acredita no que ouviu. Alguém o ensinou o que é uma pipa, e para que serve. Ele acredita no que viu. Alguém já empinou uma pipa ao seu lado. O que ele agora precisa é repetir o gesto. Ele tenta, mas a pipa está momentaneamente impossibilitada de cumprir a função que possui.

Sem desistir do projeto, o menino continua o seu empenho. Busca soluções. Olha para os amigos que estão ao lado e pede ajuda. Aos poucos eles se juntam e realizam gestos de intervenção...

Por fim, ele tenta mais uma vez. O milagre acontece. Obedecendo ao destino dos ventos, a pipa vai se desprendendo das mãos do menino. A linha que até então estava solta vai se esticando. O que antes estava preso ao chão, aos poucos, bem aos poucos, vai ganhando a imensidão do céu.

O rosto do menino se desprende no mesmo momento em que a pipa inicia a sua subida. O sorriso nasceu, floresceu leve, sem querer futuro, sem querer passado. Sorriso de querer só o presente. As linhas nas mãos. A pipa no céu...
(www.fabiodemelo.com.br)