segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Parabéns Pe. Fábio de Melo



Que seu sim seja renovado a cada dia!
para que possas iluminar com sua sabedoria
nossas vidas!
Obrigado por ter me tornado uma pessoa melhor!
Que Deus esteja sempre contigo!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Lindas e Sábias Palavras do Pe. Fábio de Melo

Vou postar aqui as palavras que o Pe. Fábio postou em seu blog. São de uma sabedoria imensa!
Parabéns Pe. Fábio!

A graça de ser só
Ando pensando no valor de ser só. Talvez seja por causa da grande polêmica que envolveu a vida celibatária nos últimos dias. Interessante como as pessoas ficam querendo arrumar esposas para os padres. Lutam, mesmo que não as tenhamos convocado para tal, para que recebamos o direito de nos casar e constituir família.

Já presenciei discursos inflamados de pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar.

Eu também fico indignado, mas de outro modo. Fico indignado quando a sociedade interpreta a vida celibatária como mera restrição da vida sexual. Fico indignado quando vejo as pessoas se perderem em argumentos rasos, limitando uma questão tão complexa ao contexto do “pode ou não pode”.

A sexualidade é apenas um detalhe da questão. Castidade é muito mais. Castidade é um elemento que favorece a solidão frutuosa, pois nos coloca diante da possibilidade de fazer da vida uma experiência de doação plena. Digo por mim. Eu não poderia ser um homem casado e levar a vida que levo. Não poderia privar os meus filhos de minha presença para fazer as escolhas que faço. O fato de não me casar não me priva do amor. Eu o descubro de outros modos. Tenho diante de mim a possibilidade de ser dos que precisam de minha presença. Na palavra que digo, na música que canto e no gesto que realizo, o todo de minha condição humana está colocado. É o que tento viver. É o que acredito ser o certo.

Nunca encarei o celibato como restrição. Esta opção de vida não me foi imposta. Ninguém me obrigou ser padre, e quando escolhi o ser, ninguém me enganou. Eu assumi livremente todas as possibilidades do meu ministério, mas também todos os limites. Não há escolhas humanas que só nos trarão possibilidades. Tudo é tecido a partir dos avessos e dos direitos. É questão de maturidade.

Eu não sou um homem solitário, apenas escolhi ser só. Não vivo lamentando o fato de não me casar. Ao contrário, sou muito feliz sendo quem eu sou e fazendo o que faço. Tenho meus limites, minhas lutas cotidianas para manter a minha fidelidade, mas não faço desta luta uma experiência de lamento. Já caí inúmeras vezes ao longo de minha vida. Não tenho medo das minhas quedas. Elas me humanizaram e me ajudaram a compreender o significado da misericórdia. Eu não sou teórico. Vivo na carne a necessidade de estar em Deus para que minhas esperanças continuem vivas. Eu não sou por acaso. Sou fruto de um processo histórico que me faz perceber as pessoas que posso trazer para dentro do meu coração. Deus me mostra. Ele me indica, por meio de minha sensibilidade, quais são as pessoas que poderão oferecer algum risco para minha castidade. Eu não me refiro somente ao perigo da sexualidade. Eu me refiro também às pessoas que querem me transformar em “propriedade privada”. Querem depositar sobre mim o seu universo de carências e necessidades, iludidas de que eu sou o redentor de suas vidas.

Contra a castidade de um padre se peca de diversas formas. É preciso pensar sobre isso. Não se trata de casar ou não. Casamento não resolve os problemas do mundo.

Nem sempre o casamento acaba com a solidão. Vejo casais em locais públicos em profundo estado de solidão. Não trocam palavras, nem olhares. Não descobriram a beleza dos detalhes que a castidade sugere. Fizeram sexo demais, mas amaram de menos. Faltou castidade, encontro frutuoso, amor que não carece de sexo o tempo todo, porque sobrevive de outras formas de carinho.

É por isso que eu continuo aqui, lutando pelo direito de ser só, sem que isso pareça neurose ou imposição que alguém me fez. Da mesma forma que eu continuo lutando para que os casais descubram que o casamento também não é uma imposição. Só se casa aquele que quer. Por isso perguntamos sempre – É de livre e espontânea vontade que o fazeis? – É simples. Castos ou casados, ninguém está livre das obrigações do amor. A fidelidade é o rosto mais sincero de nossas predileções.fabiodemelo.com.br - © 2003/2008 - todos os direitos reservados

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Sofremos demais por aquilo que é de menos.

"Se hoje a vida lhe apresenta motivos para sofrer, ouse olhá-los de uma forma diferente. Não aceite todo esse contexto de vida como causa já determinada para o seu fracasso. Não, não precisa ser assim.
Deixe-se afetar de um jeito novo por tudo isso que já parece tão velho. Sofrimentos não precisam ser estados definitivos. Eles podem ser apenas pontes, locais de travessia. Daqui a pouco você já estará do outro lado; modificado, amadurecido."

Fábio de Melo

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

"Quando o sofrimento bater à sua porta


Quando o sofrimento bater à sua porta
Novo livro do Pe. Fábio de Melo

Sobre o livro
Em “Quando o sofrimento bater à sua porta”, padre. Fábio de Melo nos proporciona uma reflexão sobre as razões de nosso sofrimento e como transformá-lo em fonte de valores. A partir de vários relatos, ele expõe que o sofrimento humano está repleto de ensinamento; tudo dependerá de nosso ponto de vista e de nossas escolhas.

O livro mostra ainda que o sofrimento não deve ser um estado definitivo, mas sim um instante de travessia, um caminho para a transformação. “Sofrimento é destino inevitável, porque é fruto do processo que nos torna humanos. O grande desafio é identificar o sofrimento que vale a pena ser sofrido”.

Pe. Fábio de Melo

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Lançamento do CD Vida do Pe. Fábio em São Paulo


Padre Fábio de Melo lança CD ‘Vida’ no Centro de Evangelização Padre Léo Pereira

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

domingo, 17 de agosto de 2008

Mulheres de aço e de flores


Há em você, mulher, uma sacralidade que dia após dia você precisa reconhecer. Mulheres, não negligenciem o dom de sua feminilidade. A mulher tem poder de costurar o mundo, assim como no passado entrelaçavam as linhas, faziam tudo que era artesanal. Você precisa ser artesã para "costurar" o mundo.

Pe. Fábio de Melo
Hallel Canção Nova.

sábado, 2 de agosto de 2008

A costureira

"Um tecido só é bonito de
verdade à medida que possui um avesso que o sustenta. A
beleza externa só tem sentido porque há um alicerce no contraponto.
Interessante, mas as pessoas são semelhantes aos
tecidos. Se não há uma trama de sustentação não há beleza
que possa sobreviver aos desmandes do mundo".

Pe. Fábio de Melo
Trecho do livro Mulheres de aço e de flores

quarta-feira, 30 de julho de 2008

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Quem não se ama não sabe amar ninguém

"Não seja aquilo que dizem que você é. Parece estranho, mas não podemos dar aquilo que não temos. Se você não descobrir que você é sagrado, você não vai perceber a sacralidade que o outro é!
Quem não se ama não sabe amar ninguém. É uma pessoa ausente de si mesma. Os amores estragados que passaram minou aquilo que se era. Há pessoas que vemos que não têm amor-próprio; mas nós não temos o direito de perder esse amor.
Tome posse do que você é para depois dar-se ao outro".

Padre Fábio de Melo

sábado, 31 de maio de 2008

A importância do amor para a qualidade de vida


“Se você quiser descobrir a qualidade do que faz da sua vida, é só descobrir o quanto você ama. O dinheiro pode até lhe trazer alguma alegria, mas é a qualidade do seu amor que vai lhe fazer feliz. É quando nos doamos que fazemos a diferença na vida das pessoas”,

Cristo é o show 2008 - BH

domingo, 11 de maio de 2008

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Cantarei, Cantará



Na estrada, o gosto à caminhada só o tempo que dá.
Há unção na fala, na missão; o que se deu, e o que se dá.
Quando as mãos tocaram outras mãos, tudo se fez,
quantos corações sentiram Deus pela primeira vez.

Em cada página de uma história há muito pra se viver,
quando a rosa da nossa memória volta a florescer.
Nós seremos sempre jovens ao entardecer,
entregando a flor da vida para outro ser.

Cantarei, cantará, cantaremos sem parar.
Cantarei, cantará, e outra vez a rosa irá.

sábado, 26 de abril de 2008

O Medo

"Eu tenho medo. Mas não tenho medo de ter medo. Medo é o avesso da coragem. É por meio dele que eu alcanço algumas vitórias. Quem não tem medo corre o risco de se tornar um herói sem graça, pronto demais. A vida é bonita justamente por ser inacabada. A metade que falta, o detalhe que ainda não alcançamos, o objetivo que ainda está pela metade. Tudo se torna mais bonito quando visto do avesso. Os medos também. Há muito tipos e estão por toda parte:
Medo de não vencer, de não chegar, de não saber, de não consequir, de subir a escada, de errar no tempero, de perder, de morrer...
O avesso do medo é o cuidado redobrado, porque quem tem medo, cuida. Não se expõe ao perigo, mas resguarda. O medo é bom, porque não nos enche de falsa coragem. O medo nos torna reais, nos mostra quem somos, mensura o tamanho de nossas pernas...
O medo nos coloca no nosso lugar e nos prepara para o sorriso do pódio.
Há medos que nos paralizam. São temores doentios. Eles nos entorpecem, nos amarram e precisam ser vencidos. Precisam ser olhados de frente, para que voltem à condição de medo, apenas... medo saudável.
Medo que me faz ser humano na medida certa porque no humano bem medido, o divino prevalece.
Só isso. O resto é lição que a lousa da vida espera por ser escrita".

Com Pe Fábio de Melo, scj.

INTIMIDADE

“Que seja assim! Tardes que caem para que nasçam as noites. Acordes que terminam para que a pausa prepare o som que virá. A vida e seu movimento tão cheio de sabedoria. Que seja assim! Que seja sempre assim! Esquinas que dobramos com o desejo de alcançar outras esquinas. Depois da chuva, o frescor. Tudo prepara uma forma de depois, como se o agora fosse uma passagem constante que nos conduz com seu cordão invisível. Eu vou. Vou sempre. Não sei não ir. Minha curiosidade me move para dentro de mim. Sou um desconhecido interessante. A cada dia uma nova notícia me entrego. Eu me dou em partes, como se devolvesse o que já sou, Àquele que me deu totalmente. Vivo pra desvendar. Esquinas; tardes caídas; manhãs que se levantam com o sol. Ando amando mais. Meus amigos são tantos; meus limites também. Cada vez mais padre, mais feliz. Eu sou sem medo de errar. Eu desejo a sacralidade de cada dia. Deitar no chão da existência é tão necessário. Eu me levanto mais devolvido, porque há muitas partes de mim esparramadas, caídas pelas esquinas da vida. Recolher-me é obra que faço por Deus. Estou em reformas. Deus o sabe. Ele é que tirou a primeira pedra. Tirou. Não atirou. Deus não sabe atirar. Prefere tirar. Eu deixo. Sou Dele. Quero ser sempre mais. Em partes, pra ser todo. Ele me devolve a cada dia. Eu também. Lição de casa que faço com gosto.
Vez ou outra Ele me olha nos olhos e me dita poemas. Fico tão encantado que até esqueço as palavras. Ele manda eu prestar atenção. Digo que não sei. Ele ri de mim. "Poetas são todos iguais" - conclui enquanto mexe no meu cabelo. Eu o vejo de perto, bem de perto. Por vezes sinto o desejo de lhe pedir o impossível, mas aí me falta coragem. Aí peço que me dê só o necessário. Ele me surpreende com medidas que não mereço. Fico mudo, sem saber dizer. Ele me socorre com seu sorriso. E de súbito, as palavras voltam a fazer parte de mim”.

Com Pe Fábio de Melo, scj.

domingo, 13 de abril de 2008

O Caminho que escolhi é o amor

"O caminho que eu escolhi é o do amor.
Não importam as dores, as angústias nem as decepções que vou ter que encarar, escolhi ser verdadeiro.
No meu caminho, o abraço é apertado, o aperto de mão é sincero por isso, não estranhe a minha maneira de sorrir, de te desejar o bem, eu sou aquela pessoa que acredita no bem, que vive no bem e que anseia o bem.
Por isso, não estranhe se eu te abraçar bem apertado, mesmo que seja só em pensamento, se eu me emocionar com a sua história, se eu chorar junto com você. É assim que eu enxergo a vida e é só assim que eu acredito que valha a pena viver, viver com emoção, com verdade, com amor"

"A maior pobreza do homem é dizer, eu sou assim"

"Se alguém lhe machucar, seja falando mal de você, seja por uma traição; você tem duas opções: você se vinga e é feliz por alguns instantes; ou você perdoa, e será feliz a vida inteira."

"Quando perdemos alguém querido é normal o sofrimento, mas ele não pode durar para sempre. Uma forma de transformar a perda em algo melhor é fazer pelos outros aquilo que a outra pessoa não pôde continuar a fazer, é como se a outra pessoa ressuscitasse, estando presente nos gestos de amor que praticamos."

“Olhe devagar para cada coisa, aceita o desafio de ver o que a multidão não viu, em cascalho disformes e estranhos, diamantes solitários sobrevivem”

"Se pela força da distância tu te ausentas, pelo poder que há na saudade voltarás"

"Há pessoas que nos roubam e pessoas que nos devolvem, pessoas que nos machucam e nos deixam dores que doem no fundo da alma. E só Jesus pode nos curar. Só um coração curado pode amar verdadeiramente!"
Pe. Fábio de Melo

sexta-feira, 4 de abril de 2008

HOJE É TEMPO DE SER FELIZ!

A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver.

Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existencia as mais diversas formas de sementes.

Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós,será plantação que poderá ser vista de longe...

Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!"

Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura.

Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos!

Infelicidade, talvez seja o contrário.

O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã!

Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas.

Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores...

Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.

Cuidado com os amores passageiros... eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam...

Cuidado com os invasores do seu corpo... eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem...

Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar... eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena...

Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade...

Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos... elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo.

Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo.

Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz.

Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida.

Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito...

A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..."

Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões.

Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma.

Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu pra duvidar... (?)

Padre Fábio de Melo

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Parabéns Pe. Fábio



Hoje é Aniversário do Pe. Fábio de Melo

Pe. Fábio,

Você é importante, você é inspiração
amorosa do Pai do céu.
Obrigada por levar Jesus
até nossos corações.
Seja feliz, hoje e sempre!!!

Coração de padre, cidade do povo.




Pessoas são como cidades: um conjunto de vielas, avenidas...
“Pessoas são como cidades: um conjunto arquitetônico de vielas e avenidas, cruzamentos e semáforos, reservas onde árvores disfarçam a dureza do concreto, cemitérios onde os mortos são deixados na esperança de que a ressurreição os recolha ao cair da tarde. Tudo isso compõe a cidade que somos. A praça principal, o coreto da matriz, as ruas estreitas – com suas casas antigas e os lugares ermos – nas quais ainda sobrevivem goiabeiras tão cheias de infância. Minha vida é meu leme neste oceano tão cheio de portos e partidas.
Fico pensando nos que passam por mim. Os que visitam a minha cidade interior. Não sei por onde entram. Se pelo “pórtico principal” ou pelo “cemitério”. Não sei. O que sei é que nesse constante ir e vir, o rosto anônimo insiste em permanecer vivo na retina de minhas saudades. A senhora idosa, espremida na multidão, sorriso envelhecido, mas tão cheio de uma força misteriosa, repete a melodia de minhas palavras, canta comigo em público o que um dia foi só meu. Ela me vê de longe, e eu a vejo tão perto. O rapaz tímido, máquina fotográfica nas mãos, querendo fazer o pedido mais simples, o mais corriqueiro, mas que para ele é exercício grandioso de acertar o “Davi interior” e vencer o “Golias do medo”: “Posso tirar uma foto com você, padre?” A frase sai, o medo não.
A vida de alguém que um dia lhe acompanhou uma dor solitária, agora ali, registrada na fotografia que ele guardará com carinho. Eu também gostaria de tirar uma foto com tanta gente! Pessoas que escrevem, e das quais nunca vi o rosto. Pessoas que deixam recados, insistem em acenar um lenço branco de paz, desejosas de que um dia a gente possa passar horas e horas falando de como nascem as músicas e de como é doído ser gente nos dias de hoje. Gente que me receberia na cozinha de sua casa e que repartiria comigo a intimidade de sua vida familiar. Pessoas que eu amaria com profundidade, que eu seria capaz de dar a minha vida por elas, mas que eu não tenho tempo para conhecer.
Ó vida que não tem conserto! Quanta pressa há nesses intervalos entre chegadas e partidas! Quantos bilhetes aéreos voados, quantas passagens de ônibus cumpridas, acumuladas num lugar da minha cidade que não sei onde fica. Vida perdida nas entrelinhas das palavras, do olhar distante que me olha querendo chegar, do coração que deseja despejar os pecados nas minhas mãos para que eu os devolva revestidos da luz, que só a Misericórdia de Deus possui. Quantos olhares perdidos, querendo conselhos, direção espiritual. Quantos braços querendo abraço, e que eu, pelo limite do corpo não alcanço. E-mails deixados na caixa, a esperança de respondê-los, pedidos de socorro, “turistas” querendo visitar minha “cidade”. Alguns retirando as “sandálias” dos pés porque acreditam na sacralidade do meu “solo”; enquanto outros desejam apenas sujar minhas “praças”. Não há muros na minha cidade.
Apenas peço ajuda aos que me amam de verdade. Velem comigo, velem por mim. Sou um “prefeito” ausente... Os poetas não são bons administradores. Precisam de mil assessores. Cidade de poeta corre o risco de ser um caos. É por isso que quero ser um poeta possuído pelo céu. Quero a audácia de poder dizer que sou seu, sem que isso venha ferir minha castidade. Quero ser do povo, quero ser de Deus.
Quero misturar meu sangue no sangue dos inocentes, mas não quero temer tocar no sangue dos culpados. Eu quero a vida. A mais miúda, a de toda hora. A vida de cada instante. O instante de cada vida. Eu quero o sopro em dias quentes. Eu quero o riso sem alarde. Eu quero a minha “cidade” de “portas abertas”.
Venha de onde vier, mas venha. Há sempre um “quarto” preparado para quem não tem onde dormir. Há sempre uma “mesa posta”, ainda que na madrugada. Venha de onde vier, mas venha. Minha “cidade” não tem “muros”, não tem “portas”. Venha quando quiser, venha quando precisar, porque num coração de padre quem manda é o povo”!

Pe. Fábio de Melo
Comunidade Canção Nova

sábado, 29 de março de 2008

Vídeo Ao Coração

Ao Coração

Ao coração
Pe. Fábio de Melo
Composição: P. Fábio de Melo / Robson Jr.
Deus me entregou bem mais do que mereço
Talvez seja por isso que eu me cobre um pouco mais
Não que eu não seja capaz
Mas, às vezes, é difícil

Nem sempre eu sei fazer, o bem que eu desejo
E, às vezes, eu me vejo
Me enganando sempre mais
Não que eu não queira acertar
Mas nem sempre é possível

Já me condeno tanto
Pelos erros que na vida eu cometi
Pelas vezes que eu não soube decidir
E assim, meu coração gritava desesperado de quem ama
Coração, tu que estás dentro em meu peito
Me condenas desse jeito
E eu não sei por qual motivo
Só te peço, por favor, eu sou humano
Não me condenes assim

Humano eu sou assim: virtudes e limites
Se agora me permites
Eu aprendo ser feliz
Sem prender-me ao que não fiz
Mas olhando o que é possível

A dor que, às vezes, vem
Me faz feliz também
Pois ela me recorda o valor que tem a cruz
Quando a noite esconde a luz
Deus acende as estrelas

sexta-feira, 28 de março de 2008

Ser o que a gente é.


“...Olha, se tem uma coisa que eu acho na vida, talvez seja a maior dor das pessoas hoje, é o fato da gente viver rodeado o tempo todo de gente, não é assim! Nossa vida, nós somos cheios tão cheios de gente ao nosso redor, mais são poucas as pessoas que realmente conseguem diminuir distâncias.
Quem disse que ter alguém do lado, é garantia de não estar sozinho.
Quem disse que estar no meio de muita gente, é garantia de ter alguém.
Eu cada vez mais me convenço talvez você também de que são poucas as pessoas que na vida são capazes de nos deixar à vontade para a gente ser o que a gente é. São poucas as pessoas que diminuem e que cessam a nossa solidão, porque a solidão só vai embora quando o coração consegue ser o que ele é, sem precisar mentir, sem precisar inventar, sem precisar usar máscaras.


Eu fiquei padre por isso, não foi porque Jesus fazia milagres.
O que mais me encanta em Jesus, não é a sua capacidade de ressuscitar os mortos, mais é de dar alegria aos vivos, mais é a sua capacidade de acompanhar quem está só.
O que move meu coração de padre, não é a capacidade que Jesus tem de curar as doenças físicas, mas é a alegria a quem já perdeu há muito tempo. Por isso, se você permite, eu gostaria de entrar na sua vida assim,... A oportunidade de ser Jesus para você. Quem sabe acompanhando um pouco a sua solidão, quem sabe devolvendo ao seu coração alguma coisa que ele perdeu e que a muito ele já precisava reencontrar, coragem de acreditar em você mesmo.
Deus, o milagre de maior que você precisa na sua vida, talvez não seja uma enfermidade, mais é de voltar a viver.


Dizem que na China há um rio chamado “rio Amarelo”, diferente dos outros rios, porque ele acaba antes de chegar no mar.
Um rio só existe porque o destino dele é chegar no mar, e aquele rio na China, não chega, o “rio Amarelo”.
Eu fico pensando que há muitas pessoas que são semelhantes ao “rio Amarelo”, já acabaram e nem morreram ainda. Ainda estão de pé, mais já acabaram há muito tempo, já não são capazes de alimentar sonhos, já não são capazes de acreditar nelas mesmas, já não são mais capazes de olhar a vida com alguma esperança, só estão de pé, mais já morreram por dentro, já não se permitem mais ser felizes, já se acostumaram com a vida. Até o amor vai embora quando a gente se acostuma.
O costume mata a paixão, o costume mata o amor, porque a vida e o amor, a paixão, só sobrevivem na surpresa, e muita gente olha para você todos os dias – Você não tem jeito mais, eu te conheço! – Isto faz com que você vai se acostumando com essa certeza, de que você não tem mais jeito mesmo, de que você é um caso perdido.
Eu confesso para você agora, que o Deus que eu gosto de anunciar, esse que se revela ao meu coração todos os dias e me dá a alegria de ser o que eu sou, de fazer o que eu faço, não se cansa da gente. E hoje, eu não tenho outra coisa para dizer a você, a não ser isso: Deus ainda acredita em você, e só quer diminuir distâncias pra que você não seja igual ao “rio Amarelo”, que acaba antes de morrer.

Pe. Fábio de Melo - Show em Cantagalo

Resgatar a Ritualidade da Vida


"O amor é provado no fogo, na dura experiência de dar a vida pelo outro. Caso contrário, não é amor; é ilusão. Você sabe que alguém o ama não pelo que ele fala, mas pelo que faz. O amor não sobrevive de teorias. Não adianta falar para seu filho que o ama se seus gestos não correspondem a esse amor. Palavras sem gestos não edificam".
Pe. Fábio de Melo
Acampamento de Cura Interior
Canção Nova

sábado, 22 de março de 2008

Se eu não te amasse tanto assim!

Se eu não te amasse tanto assim!


"O que eu acho mais bonito em Jesus,é a capacidade que ele tinha em enxergar nas
pessoas aquilo que elas mesmas não eram capazes de enxergar.
E o amor humano é justamente isso.
É como se você me emprestasse os seus olhos para eu me ver mais bonito, para eu me ver melhor, para eu me ver mais santo, para eu me ver mais corajoso, porque eu com os meus olhos, eu só me enxergo ruim, só me enxergo péssimo. E aí porque você me ama, você me enxerga de um jeito diferente.(...)
Quais foram as pessoas na sua vida que foram capazes de ver flores onde você não via?
Quais foram as pessoas que lhe ajudaram a enxergar os jardins secretos da sua história? (...)
E o bonito é a gente descobrir que as pessoas que nos ama de fato sao essas, são aquelas que tornaram melhores quando nos encontraram.
Se você quer saber se fez bem à vida do outro, é só você descobrir se quando você saiu da vida dela, você deixou melhor do que a encontrou. Porque às vezes os outros entram na nossa vida, finge que nos ama, mais nos causam um desastre terrível, porque nos faz esquecer o que amamos, nos faz esquecer o que somos e nos tornam piores do que eramos.
Isso não é amor, isso é só paixão. e já dizia o poeta"A paixão do momento não vale o inferno da vida inteira". (...)
Jesus, se eu não te amasse, se eu não tivesse deixado que você entrasse na minha vida, eu não teria descoberto nem a metade dos sonhos que hoje na minha vida já são realidade.
Se eu não tivesse olhado nos seus olhos um dia Jesus, eu não teria descoberto nem a metade dos jardins que hoje eu posso ver dentro de mim. E hoje eu viveria na solidão, porque a minha alegria Senhor, é saber que quando tu me encontras tu me faz ver as coisas que o amor comum não faz.
Por isso, Jesus e Deus nos torna especial à medida em que a gente vai nos permintindo que ele vá sendo a luz que ilumina os nossos porões.
Olhar nos olhos de Jesus é você falar: Se eu naão te amasse tanto assim, eu não teria encontrado nem a metade do que eu conseguiria encontrar.(...)
Pe. Fábio de Melo - Show em João Pessoa.

quinta-feira, 20 de março de 2008

domingo, 16 de março de 2008

Novo Livro do Pe.Fábio de Melo


Quem me roubou de mim? - O seqüestro da subjetividade e o desafio de ser pessoa.